terça-feira, 15 de março de 2016

J.K. Rowling revela novos detalhes dos feiticeiros da América do Norte em 'Monstros Fantásticos'


No final do ano, a prequela de Harry Potter, Monstros Fantásticos e Onde Encontrá-los (no original Fantastic Beasts and Where to Find Them) irá seguir as aventuras de Newt Scamander pela cidade de Nova Iorque, em 1926, onde a comunidade americana usa um termo completamente diferente para as pessoas sem magia

Em a História da Magia na América do Norte, a autora J.K. Rowling — que também escreveu o argumento do filme — revela detalhes interessantes sobre os primeiros anos da magia na comunidade mágica nativo americana. 

FEITICEIROS  SABIAM DA EXISTÊNCIA DA AMÉRICA

Embora tenha demorado para que os Muggles (pessoas sem magia) descobrissem o “Novo Mundo”, quando chegaram ao continente, os feiticeiros já conheciam a América muito antes. Devido as várias formas de viajar – entre as quais vassouras e as Aparições  para não mencionar as visões e premonições, o “Novo Mundo” não era assim tão novo para a comunidade mágica. A comunidade mágica nativo americana e as comunidades da Europa e de África já tinham conhecimento da existência umas das outras muito antes da imigração dos europeus sem magia no século XVII. E já estavam cientes das muitas semelhanças entre as suas comunidades. 

“Certas famílias eram claramente mágicas e a magia também aparecia inesperadamente em famílias onde até aí não havia conhecimento de qualquer bruxa ou feiticeiro.” escreveu  a autora J.K. Rowling. 

O TRANSMORFO NATIVO AMERICANO 

A lenda do transmorfo nativo americano – uma bruxa ou um feiticeiro malvado que se pode transformar num animal à sua escolha – baseia-se em factos. Foi desenvolvida uma lenda em torno dos Animagi nativo americanos, segundo a qual estes teriam sacrificado familiares chegados para obter poderes de transformação. Com efeito, a maioria assumia formas para caçar para a tribo... ou escapar a perseguições. 

ALGUNS FEITICEIROS ERAM ESTIGMATIZADOS

O rácio geral de feiticeiros/não-feiticeiros parecia ser consistente nas diversas populações, bem como as atitudes dos sem magia, onde quer que tivessem nascido. Na comunidade nativo americana, algumas bruxas e feiticeiros eram aceites, e mesmo louvadas nas suas tribos, outros eram estigmatizados pelas suas crenças, muitas vezes mediante a alegação de que eram possuídos por espíritos malignos. De acordo com Rowling, as lendas do transmorfo nativo americano tinham frequentemente origem nos curandeiros No-Maj (uma abreviatura para sem magia), que por vezes simulavam ter eles próprios poderes mágicos e que receavam ser desmascarados. 

FEITICEIROS AMERICANOS ERAM MAIS SOFISTICADOS

J.K. Rowling também revelou que a comunidade feiticeira nativo americana era particularmente profícua em magias com animais e plantas, sendo as suas poções de uma sofisticação particular que ia muito para lá daquilo que se conhecia na Europa. 

FEITICEIROS AMERICANOS NÃO USAM VARINHA

A diferença mais gritante entre a magia praticada pelo nativo americano e aquela que faziam os feiticeiros da Europa era a ausência da varinha. Detalhe confirmado em raras ocasiões, em Harry Potter, onde elfos domésticos conseguiam praticar magia sem varinha. E uma ou duas vezes, Harry foi capaz de concretizar tal feito. Mas, no caso da comunidade mágica nativo americana, eles não usavam varinha. Rowling revela que a varinha teve origem na Europa, com o objetivo de canalizar a magia de modo a que esta tenha um efeito mais preciso e mais poderoso, embora seja geralmente considerado que as grandes bruxas e os grandes feiticeiros são capazes de produzir magia de altíssima qualidade sem recorrer à varinha. 

Conforme demonstrado pelos Animagi nativos americanos e pelos fabricantes de poções, a magia sem varinha pode revelar-se de uma grande complexidade, mas é muito difícil realizar Encantamentos e Transfigurações sem uma. 

O filme irá situar-se no universo mágico, com novas criaturas e personagens, e outras já conhecidas do público, e, segundo a autora, não será uma sequela da série de Harry Potter, mas sim uma extensão do mundo que conhecemos em Nova Iorque 70 anos antes de Harry Potter ir para Hogwarts: 

“Apesar de ser ambientada na comunidade mundial de bruxas e feiticeiros onde fui tão feliz durante 17 anos, Fantastic Beasts and Where to Find Them não é uma prequela, nem uma sequela da saga Harry Potter, mas sim uma expansão do mundo da feitiçaria,” disse Rowling. “As leis e os costumes da secreta sociedade mágica serão familiares a qualquer um que tenha lido os livros de Harry Potter ou visto os filmes, mas a história de Newt começa em Nova Iorque, 70 anos antes do nascimento de Harry.” 

Monstros Fantásticos e Onde Encontrá-los chega aos cinemas em novembro.

Awesome staff, movies editor @awmags

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